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Uso de eletrônicos antes de dormir pode causar insuficiência de sono e problemas de saúde



Cerca de 79,7% dos trabalhadores industriais brasileiros costumam levar o celular para a cama antes de dormir, a fim de checar notificações, redes sociais e e-mail, o que pode afetar a noite de sono, segundo dados levantados pelo Sesi (Serviço Social da Indústria) em parceria com o Persono.

Para a pesquisa, feita entre julho e setembro de 2021, 4.174 profissionais foram contatados.

O levantamento revelou também que 50,2% dos profissionais têm ao menos um aparelho de televisão no quarto onde dorme e que 37% costumam assistir televisão para pegar no sono.

Esses hábitos afetam a qualidade do sono pois influenciam diretamente na produção da melatonina, o “hormônio do sono”.

Tal hormônio pode ser diretamente afetado pela luz azul emitida pelos equipamentos eletrônicos, atrapalhando seu bem-estar durante a madrugada.

“Se, por quaisquer motivos, precisar manter o celular por perto, a dica é ativar o filtro de luz azul algumas horas antes de pegar no sono”, recomenda Josué Alencar, diretor da Coteminas e idealizador do Persono.

Apesar de 61,7% dos trabalhadores terem afirmado que dormem bem, há sinais de que o tempo e a qualidade do sono são insuficientes para grande parcela deles, afinal, além das telas, o estresse, a preocupação no trabalho e problemas financeiros também podem afetar suas noites.

Enquanto 53,8% das pessoas dormem entre 6h e 8h, 37,8% fazem parte do grupo que dorme apenas de 4h a 6h, quantidade não recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde), que aconselha um período entre 7h e 9h de sono para população adulta entre 18 e 64 anos.

Dormir mais aos fins de semana é outro indicativo de baixa qualidade do sono. No levantamento, 48,7% dos profissionais disseram que dormem mais aos fins de semana, sendo que o ideal é manter a mesma rotina de sono todos os dias.

Entre eles, 47,2% ainda dizem se sentir cansados na primeira meia hora depois de acordar pela manhã, o que pode ser concluído que a noite de sono não foi suficiente. Deve-se ressaltar que noites mal dormidas ou que uma quantidade insuficiente de sono pode causar:

  • Hipertensão;

  • AVC;

  • Infarto;

  • Mal de Alzheimer;

  • Risco de diabetes;

  • Baixa imunidade;

  • Prejuízo na consolidação de memórias.

A pesquisa afirma que dormir bem é uma questão de saúde e qualidade de vida, e que uma das maneiras para ter uma boa noite de sono é seguir as horas necessárias e as recomendações básicas acima citadas, como utilizar filtros de luz azul, ou então não pegar nos eletrônicos antes de dormir.

“Queremos mostrar que o sono é importante e pode auxiliar na saúde física e mental. As pessoas precisam dar mais atenção ao fator sono, a pesquisa apresenta dados e caminhos que devemos seguir para melhorar a qualidade de nossas noites”, finaliza Josué.

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